Exposição Só Fridas - Frida Kahlo


SÓ Fridas
Releituras de obras de Frida Kahlo


MOSTRA ORGANIZADA POR JACSON MATOS
Resultado do Projeto Artividades de 2006 a 2007



Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos da
Escola Estadual Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos


Paisagem Sonora
Ademilson Galdino, Adriano Caruso, André Oliveira,
Daniel Barbosa, Drica Montenegro, Fabio Nunez,
Fernando Carvalho, Jacson Matos, Janaína Lopes, Niel,
Radi Oliveira, Ricardo de Luccas, Solange Santhos,
Tony-di, Vagner Magrão.

Performance
Tamires Ballarini

Montagem
Bianca Matos, Cícero Maçal, Eliane Joaquim de Souza, Karine Sales, Priscila Vanni, Vagner Magrão, Thais Scábio e Tiedo Vidal.

Flores, corações e borboletas:
Adriana Priscila da Silva, Ana Posa Pereira, Berenice Rodrigues da Silva, Catia Oliveira Lario, Elaine Cristina Cerqueira da Silva, Flavia Maria Cruz. Kátia Paula de Oliveira, Quezia Madalena Ferreira de Souza, Silvana Alves de Oliveira.











Sou Frida
Sofri
Sou free...

“Para qué pies?, si tengo alas para volar.
Si Ella es dueña del techo de la casa que el amor maneja
¿Para que tierras sin gente para poblar?
Si Ella  Méjiconmigo en donde la libertad se espeja.

Soy Frida
Sufri
Soy free…

MÉJICONMIGO

"Piés para que los quiero, si tengo alas para volar"
Si Ella es dueña del techo de la casa que el amor maneja
¿Para que tierras sin gente para poblar?
Si Ella “Méjiconmigo” en donde la libertad se espeja.

Soy Frida
Sufri
Soy free…
















O vento mexe co'a roseira
Óia as florzinhas
Virando borboletinhas.


Perfume bom

Perfume bom

Perfume bom


Olha Oya
Olha Oya
Olha olhar.


O raio de Iansã sou eu

Cegando o aço das armas de quem guerreia
E o vento de Iansã também sou eu
E Santa Bárbara é santa que me clareia


Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão

Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração

Eu sou a casa do raio e do vento

Por onde eu passo é zunido, é clarão
Porque Iansã desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração


Olha Oya
Olha Oya
Olha olhar.

"Para que pés, se tenho asas para voar?"
Se Ela é Dona do teto da casa que o amor floreia
Para que terras sem gente para povoar?

Se Ela mexe comigo onde a liberdade se espelha.



Sacramentos da Igreja Católica. São 7 os sacramentos da Igreja Católica: Batismo, Confirmação do Batismo ou Crisma, Confissão, Eucaristia, Matrimônio, Ordem e Unção dos enfermos. O sacramento católico é um ato ritual destinado a conferir sacralidade a certos momentos e situações da vida cristã. São sete os sacramentos na Igreja Católica:

1 BATISMO,
2 CRISMA OU CONFIRMAÇÃO,
3 CONFISSÃO OU PENITÊNCIA,
4 COMUNHÃO OU EUCARISTIA,
5 MATRIMÔNIO,
6 ORDEM

7 EXTREMA UNÇÃO OU UNÇÃO DOS ENFERMOS.






1- vitrines


BATISMO
Iniciação através da imersão, efusão ou aspersão


CRISMA OU CONFIRMAÇÃO
Reafirmar compromissos
ou decisões alheias
A “idade da razão”.


CONFISSÃO OU PENITÊNCIA
Reconhecimento das faltas, arrependimentos,
Catarse pela reflexão, um ato purificador.

COMUNHÃO OU EUCARISTIA
Pão transubstanciado
O sacrifício é o ato da consagração
Consiste na recriação


MATRIMÔNIO
Os dois nubentes indissolúveis:
A união Diego Rivera e Frida Kahlo



ORDEM SACERDOTAL
(do latim Ordo, dinis: boa disposição das coisas)
Poder e Graça de exercer funções
Uso das mãos e das palavras


EXTREMA UNÇÃO
In articulo mortis (a ponto de morrer)
Compaixão. Salvação da alma.

Vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte.













































A exposição SÓ FRIDAS foi concebida para homenagear o centenário de nascimento da artista FRIDA KAHLO (1907-1954) neste ano de 2007. Ocorreram muitas retrospectivas em sua memória, espalhadas por todos continentes. Os jornais, as revistas, os noticiários de TV mostraram a relevância e contribuição cultural do conjunto da obra da artista. A peculiaridade de sua arte revela um traço de humanidade de grande significância, rica em simbolismos e de alta qualidade artística.
Todos os trabalhos expostos foram idealizados e confeccionados pelos alunos e professores a Escola estadual Prof. Dr. Lauro Pereira Travassos, evolvendo as disciplinas de artes, português, história e língua inglesa. Os alunos participantes cursam o ensino médio, suplência, são jovens e adultos.
O processo de elaboração contou com aulas expositivas, pesquisas, debates e seminários. Tivemos como destaque dos procedimentos, a motivação dos alunos através da apreciação do filme “Frida”, do vídeo “Revelando São Paulo”, do espetáculo "FRIDA KAHLO UMA MULHER DE PEDRA DÁ LUZ À NOITE", misto de dança e teatro. Essas ações contribuíram para absorção dos conteúdos e assimilação dos códigos multiculturais.
A primeira montagem da exposição SÓ FRIDAS, ocorreu no CEU Alvarenga, no mês de outubro, e contou com presenças ilustres, o Cônsul Geral do México Senhor Salvador Arriola e Sr. Oscar Carvajal Aguirre, o secretário de relações internacionais adjunto Sr. Flávio Goldman e a Sra. Marisa Ximenes, e outras autoridades da Secretaria de Educação.
A concepção da instalação foi feita por Jacson Matos, Vagner Magrão, Tiedo Vidal e Bianca Matos. O público foi o critério mais levando em conta, optamos por uma abordagem mais lúdica e cognitiva, para atrair a atenção das crianças e adolescentes que estudam no CEU Alvarenga e das escolas do entorno que usufruem a programação cultural.  A mostra foi instalada na sala multiuso, um anfiteatro que permitia instalações cênicas e efeitos de luzes. São pinturas, colagens e releituras de várias obras e que permitiram mostrar os diversos aspectos da vida da pintora, dos problemas de saúde que enfrentou desde que sofreu um acidente de carro, em 1925, quando tinha 18 anos, até as outras complicações decorrentes.
Também estavam a mostra esculturas, mamolengos, fantoches e outros bonecos customizados da cultura mexicana, que traziam o simbólico da latinidade e representavam as diferentes fases da pintora. Todo ambiente da exposição foi decorado com diversos tipos de papéis picados que são ornamentos típicos das comemorações do Dia dos Mortos da Cidade do México feitos por nossos alunos.
De onde surgiu à idéia da exposição? Em 2006, O CEU Alvarenga promoveu o Sarau latino-americano que obtive grande sucesso de público. Na ocasião, por conta da participação do sarau, os alunos da escola Lauro fizeram uma pesquisa no Memorial da América Latina, onde conseguimos materiais significantes para realização, desde informações úteis, sugestões e imagens, até doações de revistas, em grande número, e que foram distribuídas no evento. O evento estimulou uma produção artístico-pedagógica e rendeu outros saraus, cafés-filosóficos e shows. Inclusive, fora do espaço físico do CEU Alvarenga. Desde do início das aulas, 2007, as bibliotecas têm sido muito procurada, na obtenção de informações sobre a artista. Ora para atenderem a pedidos de trabalhos de professores, ora por curiosidades das pessoas geradas pela mídia.

Como foi a exposição SÓ FRIDAS no Memorial? Optou-se por uma linguagem mais adulta voltada para assuntos mais emblemáticos da vida artista, sobretudo, sobre aspectos ideológicos, políticos e religiosos contundentes em sua carreira. Os trabalhos foram os mesmos, o que mudou foi a composição/montagem. Uma nova narrativa da em relação adaptação dos espaços – físico e institucional – galeria, museu. Bem como, a diversificação do público, acesso livre a visitantes turistas estudantes.
A nova montagem teve como caráter norteador os sacramentos da religião católica que foi se con/fundindo com outras religiões e assuntos: Batismo, renascimento após acidente; Crisma, confirmação da carreira artística; matrimônio, casamento com Diego Rivera; Comunhão, ideologias, ações sociais e políticas; Confissão, penitência, auto-reflexões, dores físicas, mentais e espirituais; Ordem, sacerdotismo, religiosidade, sincretismo, transmutação, xenofilia; e Extrema Unção, hora da morte, últimas horas.
Surgiu novas instalações: “Cabelos e não ‘cabê-los’”, que alude a mutações físicas e comportamentais da artista; “Dores e andores” que fala de transcendência, transmutação, gaiola, pássaro de metal e Frida voando; “Vale das borboletas” trata-se de uma instalação sobre a transcendência e a transmutação, “Painel de fotos 3 por 4” com fotos dos alunos com suas respectivas Fridas com 07 bonecas representado 07 fases da pintora.
A “Frida na mão da morte” que representa o “Dia dos Mortos” no México, o “Altar” com flores, fotografias e santos, os “Vidros” com bonecas em conservas, que remetem aos hospitais e laboratórios, bem como, o  vídeo do processo do trabalho e o jardim que remete a casa azul instalação, infância e adolescência, tudo isso permanece do mesmo modo da primeira montagem. E é claro, muitos papeis picados a ornamentar toda a exposição.
A exposição no Memorial ganhou uma sonoridade diferenciada. Foi criada uma paisagem sonora para compor o ambiente. A grande maioria dos poemas recitados tem a autoria de Augusto dos Anjos (1884 – 1914) e traduzem a vida de forma tensa e intensa como manda a morte. A trilha foi composta de registros sonoros poéticos significativos para conduzir espectador numa viagem ao México popular por meio de fragmentos de poemas, músicas e citações, gravados por alunos e artistas da região. Uma das músicas teve como base a frase célebre da artista: "Para que pés, se tenho asas para voar?"/Se Ela é Dona do teto da casa que o amor floreia/Para que terras sem gente para povoar?/Se Ela mexe comigo onde a liberdade se espelha.” A estrutura fora inspirada na música “Dona do Raio: O Vento” de Dorival Caymmi. Daí, também, o poemix de abertura: “Olha Oya/Olha Oya/Olha olhar”. Olhar marcante de Frida e que invoca Iansã (Oya, em yorubá) deusa dos raios e tempestades, cujo arquétipo, são de pessoas guerreiras, audaciosas, intrigantes, autoritárias, extremamente ciumentas, impetuosas, irrequietas, vaidosas e de temperamento muito forte e dominador, como fora Frida por toda vida.


Gravamos em estúdio o poemix FRIDA DADA: Sou Frida.../Sofri só.../Sou free... que virou um drumbass dadaísta para a performance de Tamires para o dia da inauguração, 15 de dezembro.


Abaixo, vejam os processos:














































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